Tuesday, March 27, 2007

o canone da suprema obscuridade




recordo-me de em 84, quando formulei a teoria do ângulo recto à luz da relação doxa/paradoxa, de ter posto levemente a hipótese de um I Ching trenário - hipótese que desenvolvi com esquemas e estruturas durante o inicio dos anos 90( e posteriormente de uma forma mais circunstancial), como se uma «revelação» ou uma obrigação tivesse caído sobre mim


a minha grande dificuldade foi em atribuir significado aos tetragramas e em ordená-los


esta pintura de inicios de 87 podia ser um emblema deste sistema


o que é certo é que só depois do inicio do milénio descobri na Internete o que só podia ser òbvio - um chinês já o tinha feito. Chamava-se Yang Hsiung, e o seu livro T'ai Hsuan Ching (ou taixuanching). O livro terá sido escrito por volta do 4 ano antes da era cristã. A sucessão dos pentagramas está associada a uma «advinhação» que se vincula ao calendário solar


o autor não é uma criatura mítica, como no caso do I Ching, e era um poeta - a sua vida acabou mal devido a atribuladas questões politicas - o livro é «neo-confunciano», com muita influência taoista- é um tratado com enfase na complexidade, aceitando dosagens de ordem e de desordem, de organização e desorganização, um livro que Edgar Morin e outros deveriam ler como percursor
vale a pena ler o artigo da tradutora (embora haja uma tradução anterior menos recomendada) e de um seu colega

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