
a memória é o que se enterlaça com a forma - a arte abstracta não se desvincula da memória, mas é, pelo contrário, como o mostrou em primeiro lugar Frances Yates, um instrumento priveligiado da «arte da memória». A arte abstracta sempre «representa» uma vez que é nela que está a memória, sejam as memórias estritamente pessoais, seja a memória das formas que antecedem essa forma, seja a memória do «menos diminuto» (termo que substituiria ao controverso «absoluto»). Não é o silêncio, o inefável, ou a sua presença de que falam as obras «abstractas», mesmo o «be» (e outros casos de Barnet Newman), o aqui, uma inequivoca chamada a uma firme imediatez, é também um manifesto pelo crescimento, um apelo aumentativo que é a meu ver a «memória». O onde onde está a memória.
No comments:
Post a Comment