Wednesday, March 14, 2007

de(corações)





Puisque peindre c’est un jeu.


Puisque peindre c’est accorder ou désaccorder des couleurs.


Puisque peindre c’est appliquer (consciemment ou non) des règles de composition.


Puisque peindre c’est valoriser le geste.Puisque peindre c’est représenter l’extérieur (ou l’interpréter, ou se l’approprier, ou le contester, ou le présenter).


Puisque peindre c’est proposer un tremplin pour l’imagination.


Puisque peindre c’est illustrer l’intériorité.


Puisque peindre c’est une justification.


Puisque peindre sert à quelque chose.


Puisque peindre c’est peindre en fonction de l’esthétisme, des fleurs, des femmes, de l’érotisme, de l’environnement quotidien, de l’art, de dada, de la psychanalyse, de la guerre au Viet-Nam.



NOUS NE SOMMES PAS PEINTRES




diz Daniel Buren - é um statement histórico.




Mas sempre que vejo as suas obras não deixo de ter uma sensação de «tia», de decoradora, é certo que à grande e à francesa - com palavrosa elegância. Passa-se o mesmo com as instalações de Kosuth (menos elegantes e mais «francamente» hipócritas. As riscas verticais são-nos como experiência bem anteriores aos passeios conceptuais. Buren comporta-se como um usurário. A pintura, por mais reaccionária que seja, é uma experiência, mesmo que arraste estes clichés ou outros que lhe sejam antagónicos. Não nos podemos livrar de tudo. A pintura torna a imanência das geometrias ainda mais imanente.




Aceito a geometria e as formas «matemáticas» (assim como os números) como «coisas» que existem, mas não aceito as «categorias» como algo real - sou visceralmente nominalista, e creio que a consciência acabo por ser um entracto de diversas interfaces. Mas a geometria surge como uma regularidade subterrânea e forte que estrutura as interfaces e que por vezes desabroxa.




Por isso me excitam desde sempre os diagramas

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